Segunda-feira, 14 de Abril de 2008

A perda…

 
Pediram-me para escrever acerca da perda. Aqui está o que escrevi a caminho do Porto. Esta é a minha opinião, esta é a minha verdade, que pode, felizmente, mudar a qualquer momento.
 

 
A perda não existe, existe apenas a sensação de perda. Porque é que não há perda? Porque nada se perde, tudo se transforma. A dor que essa sensação de perda causa é quase intolerável, julgamos nós na altura, mas tudo se supera, tudo.
O que acontece é que aqueles que amamos, nunca morrem, eles vão apenas para outro plano, transformam-se noutra matéria, uns tempos antes de nós. A morte não existe, é mais uma ilusão nossa, dos que estamos aqui “encravados” na Terra.
Será que já pensamos que, quando nascemos há quem fique, lá do outro lado dos Véus, a chorar por nós?
Há várias civilizações que comemoram as partidas, porque sabem que, para além de ser uma libertação, mais tarde, irão encontrar novamente os entes queridos.
 
A saudade…
Como lidar com a saudade? Poucas são a línguas que têm esta palavra, como sabemos, isto é um sentimento muito lusitano, porque será a saudade tão nossa?
A base destruidora de quase tudo e também da saudade talvez seja o medo, o medo do amanhã que conduz ao apego, que por sua vez, conduz ao sofrimento. Se analisarmos isto a fundo, percebemos que é realmente verdade. Se fossemos livres de apegos, não sofreríamos tanto.
Há quem pergunte como se pode amar sem apego. A resposta é teoricamente simples: respeitando a liberdade de cada um; dos filhos, dos companheiros, mas acima de tudo a nossa própria. A conquista da nossa liberdade deveria ser a primeira de todas as prioridades, porque no momento em que criamos laços de dependência, cavamos a nossa “sepultura”.
 
Há também quem confunda Amor incondicional com amor de pais, por exemplo, mas se o filho decide optar por um caminho diferente daquele que os pais idealizaram, lá se vai o amor incondicional. “Ah, mas eu como mãe/pai é que sei o que é melhor para eles!” Errado! Quanto muito pode dar conselhos, sábios conselhos, mais do que isso é puro desrespeito. “Pois, mas eu sei que eles vão bater com a cabeça na parede!” É possível sim, e custa assistir a isto impávidos, mas tem que ser. O que podemos é abrir os braços e curar as feridas quando eles voltarem magoados… Isto é talvez uma forma de Amor Incondicional.
 
Se mantivermos em mente que a vida na Terra é apenas uma passagem, muita da nossa dor desaparece…
Como escola que é este planeta, deveríamos agir como agimos noutra escola qualquer: vamos lá adquirir conhecimento, mas deveríamos dar menos importância ao que lá se passa, porque no fim do dia, vamos voltar para Casa!  
 
Muito haveria para dizer a respeito da perda, nas vamos agora dialogar, sim?
sinto-me: com saudade...
publicado por esferafeminina às 00:59

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31 comentários:
De Maria Rosas a 18 de Abril de 2008 às 01:49
A perda pode até não existir. Mas... Onde está aquele olhar carregado de carinho? Onde está aquele toque aconchegante? Onde está a leoa que nos defende quando nos atacam? "Tudo se supera, tudo " Mas..a que preço? Ainda bem que não somos livres de apego! Porque o Amor Incondicional Existe! e não há nada mais gratificante do que sabermos que Amamos alguém, mesmo que esse alguém já não esteja fisicamente entre nós, nem espiritualmente ao nosso alcance. Eu sou Maria e a leoa a minha Chica
De esferafeminina a 18 de Abril de 2008 às 19:01
Obrigada pela sua partilha, Maria.
Desejo-lhe mta Luz e que consiga ultrapassar essa dor tão rápido quanto possível.
De Maria Rosas a 18 de Abril de 2008 às 20:08
Obrigado pelo feedback. Esta dor trago-a cravada no peito há precisamente 11 anos...juntamente com outras. Mas a minha chica é especial, porque de minha irmã mais velha e protectora passou a minha filha a quem protegi até ao limite. Falhei porque sou apenas uma simples mortal, o poder do Amor é fenomenal, intenso e maravilhoso, mas ...não faz milagres.
De rav a 18 de Abril de 2008 às 04:22
Li e reli várias vezes estes post , e não consigo rever-me nas palavras nele escritas (desculpa Vera, muitas outras palavras tuas já me animaram e muito).

E isto porque neste momento tenho um sentimento de perda enorme... Perdi a mulher da minha vida! Fisicamente ela está cá, mas tudo aquilo que foi bom entre nós, já não existe porque ela seguiu outro caminho.

A perda existe e é grande. Sei que o tempo acabará por sarar esta dor porque também eu terei de seguir o meu caminho. Mas perdi!

Claro que existe sempre a outra leitura de que tudo isto é uma oportunidade para nos fortalecermos, crescermos e aprendermos... mas a dor... essa existe quase se tornando física! E a perda é real!

Hoje não consigo dizer muito mais que isto.
É a primeira vez que aqui escrevo. Contudo, e apesar de não me rever nas palavras da Vera, não posso deixar de lhe agradecer pela magia das suas palavras que noutras alturas me encheram o coração de tranquilidade e paz.

De alguém com dor..
De alguém que perdeu!
De esferafeminina a 18 de Abril de 2008 às 18:59
A dor que sente , Rav, nao deixa que pense de outra maneira. Aceito e aceitarei sempre opiniões diferentes, mas tambem acredito que um dia poderá ver essa situação de outro ponto de vista.

O que eu pensava há anos atrás nao é o que penso agora, felizmente.
Força e mta Luz
De mimi a 19 de Abril de 2008 às 14:58
também eu estou a sentir essa perda ao fim de 32 amoedou e muito compreendo-o Rav , Concerteza saberemos suportar essa dor! Ao fim de oito meses de perda sinto que , talvez seja pior que uma luto por uma morte porque sabemos que a pessoa em causa está ALI E JÁ NÃO É NOSSA PERTENCE A OUTRO ALGUÉM É TAMBÉM O CIÚME ?
De rav a 19 de Abril de 2008 às 23:18
Ciúme sinceramente não sinto, porque aprendi que a única forma de continuar a amar é deixar que a outra pessoa siga o seu caminho e seja feliz.Para já esta perda está a ter um efeito de abertura do coração, e de necessidade de estar com Deus. Eu que até nem sou (era) nada de ir a igrejas, agora procuro refugio no silêncio frio de uma igreja e peço luz. E isso vai-me dando a paz e tranquilidade que preciso.Obrigado Vera pela força e luz!
De esferafeminina a 21 de Abril de 2008 às 15:31
Que lndo rav. É isso mesmo. Abra o seu coração, pq a vida ainda agora começou!
De esferafeminina a 21 de Abril de 2008 às 15:30
Ninguém pertence a ninguém, mimi. Esse é um dos grandes problmas do Homens! É poir isso que sofremos tanto com as perdas...
Somos todos LIVRES!
De varinar_em_lisboa@sapo.pt a 22 de Maio de 2008 às 18:08
Vera:algumas vezes tenho lido os seus escritos e neles encontrado "aconchego" para a alma.Aconteceu...de novo! Não tive tempo para abraçar a Filha que pari e dizer-lhe,no ultimo instante,quanto a amava e queria...e o Luto tem sido penoso,muito longo e longe de estar completo .Mas aprendi (ou quis aprender?) que um dia voltarei para Casa !!!Muito obrigada plos momentos de reflexão a que me "tem obrigado" .Gosto muito de si!Até sempre...
De Lina a 11 de Setembro de 2008 às 00:41
Soube tão bem ler-te Vera. Obrigado

Um beijinho
De esferafeminina a 11 de Setembro de 2008 às 00:53
obrigada, Lina!
De Pedro Costa a 12 de Setembro de 2008 às 18:10
Ola Vera
Gostava de dizer em 1º k ja a algum tempo k akilo k escreve (no metro) m faz imenso sentido, e ja algum tempo k a gostava de conhecer, deve ser muito interesante falar e conviver consigo, sou um balança de 34 anos e considero k tenho uma parte espiritual á kal dou muito valor (mais um apego?, talvez). A verdade é k a pesar de m identificar com todas estas formas de pensar e respeita-las muitas x nao as consigo por em pratica. E ao ler hoje este blog houve aki coisas k percebi, mas fiquei curioso com uma coisa e nao kerendo ser intrometido gostava de saber s consegue por todo isto em pratica depois na sua vida quatidiana e s ha algum segredo nisso? Depois muitas x sinto-me sozinho, parece k nao sou deste mundo, e parece k poucos vêm as coisas desta forma, e qd m tento exprimir muitas x sei k pensam k sou atrofiado e dai desde ja um muito obrigado.
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Ola Vera <BR>Gostava de dizer em 1º k ja a algum tempo k akilo k escreve (no metro) m faz imenso sentido, e ja algum tempo k a gostava de conhecer, deve ser muito interesante falar e conviver consigo, sou um balança de 34 anos e considero k tenho uma parte espiritual á kal dou muito valor (mais um apego?, talvez). A verdade é k a pesar de m identificar com todas estas formas de pensar e respeita-las muitas x nao as consigo por em pratica. E ao ler hoje este blog houve aki coisas k percebi, mas fiquei curioso com uma coisa e nao kerendo ser intrometido gostava de saber s consegue por todo isto em pratica depois na sua vida quatidiana e s ha algum segredo nisso? Depois muitas x sinto-me sozinho, parece k nao sou deste mundo, e parece k poucos vêm as coisas desta forma, e qd m tento exprimir muitas x sei k pensam k sou atrofiado e dai desde ja um muito obrigado. <BR class=incorrect name="incorrect" <a>Nao</A> acredito num homem ou num mundo perfeito, mas tenho a certeza de k podemos sempre melhora-los e k s as pessoas fizesem as coisas pelas razoes certas e nao dessem importancia akilo k muitas x nao vale a pena, eramos muito mais felizes. No fundo andamos todos á procura do mm. <BR>Vou ficar atento á espera de mais msg k m possa transmitir. <BR class=incorrect name="incorrect" <a>Be</A> your self, see you <BR class=incorrect name="incorrect" <a>ps-leio</A> sempre os signos todos

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Vera Xavier
Taróloga desde 2002, trabalha como Terapeuta de Desenvolvimento Pessoal, Reiki, Cura Quântica e Leitura da Alma. Ministra cursos de Meditação, Tarot e Reiki Magnificado.

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