Segunda-feira, 27 de Abril de 2009
Quem está mais próximo de mim sabe que entrei neste ano com muita energia e vontade de mudar algumas coisas. Algumas mudanças acontecera sem eu fazer esforços, outras ainda estão por fazer.
Os ciclos de vida são cada vez mais curtos – tudo ou quase tudo tem uma validade breve; dantes os ciclos eram de 7 anos, agora e falo por mim, são de 2, 3 anos no máximo. Há que aceitar este novo paradigma sem grandes resmungos, porque não há nada que possamos fazer. Sente-se no ar que uma minoria tem vontade de mudar e aceita com naturalidade esta constatação. Boa, mesmo sofrimento para nós.
Uma das coisas que quero mudar é o espaço onde dou as consultas, espaço que sei desde o início que era provisório. O provisório arrastou-se e estou aqui há quase 3 anos. O primeiro sinal de que tinha de mudar foi quando perdi a sala onde dava os cursos de meditação e Reiki e outros se seguiram. Ok, então vamos lá combater algum comodismo, fazer as malas, retirar a âncora e navegar para outro porto.
Tenho visto alguns – poucos – espaços, mas ainda não encontrei o certo. A ideia de um espaço só meu não me agrada assim muito, visto que tenho dito um percurso muito individual e como agora divido o espaço com outras pessoas, habituei-me e quero manter isso. Surgiu um SPA, achei a ideia óptima, aqui na Av. da República, um ambiente muito tranquilo, Budas por todo o lado, senti-me em casa, mas infelizmente o projecto abortou, o que quer dizer que ainda não era o ideal.
Então lembrei-me de falar-vos disto aqui e pedir a vossa ajuda. Se souberem de algum espaço – de preferência aqui nesta zona (percebi que afinal sou um bichinho de hábitos e adoro almoçar onde almoço, adoro ir ao cabeleireiro onde vou, adoro as livrarias da zona, etc.) – onde reúna esta condições: bom ambiente e bons acessos em termos de transportes; agradeço qualquer sugestão.
Pronto… era isto. Já vos disse que gosto muito deste espaço? Sei que sou um pouco ausente, mas dá-me muito prazer ler, sempre meio a correr e na diagonal, os vossos comentários. Enchem-me alma! 
Queria, e fazia sentido falar aqui sobre Liberdade, mas entretanto, vi que já escrevi – eu gosto um bocado deste tema… Ok, mas vou pensar noutro.
Abraços carinhosos

música: Arwen Undomiel Aragorn´s evenstar
sinto-me: de partida
Quarta-feira, 15 de Abril de 2009

Há um exercício que se aprende em coaching muito interessante e digamos que muito elucidativo. Temos de imaginar que um Médico nos diz que temos uma doença grave e que tempos apenas 15 dias de vida. Temos de imaginar isto e fazer uma lista de coisas que queremos ainda fazer. Convido-vos a fazer uma destas listinhas.
Depois de feita, voltamos ao Médico e ele diz-nos que afinal, não é assim tão grave e que ainda temos 6 meses de vida. Refazemos a lista de “afazeres”, é possível que acrescentemos coisas, ou não. Façamos então esta nova lista.
Dias depois vamos ver como está o nosso caso grave e eis que temos outra boa notícia! Afinal vamos viver mais 10 anos! Temos mais tempo, temos mais hipóteses de fazer mais, de produzir mais, de fazer mais gente feliz, de dar mais abraços e dizer “Deixa lá!”
Temos consciência de quanto o tempo é importante e valorizamo-lo de forma nunca feita. Passamos a viver com outra intensidade, com outra energia, com outra leveza, relativizamos todas as questões, perdoamos muito mais; temos vontade de fazer coisas que antes nos pareciam doidas, mas que gostávamos tanto de fazer… o pudor e a educação castradora que nos deram nem sempre ajuda. Temos muito medo do ridículo, do parecer mal… penso que isso esteja a desaparecer aos poucos, mas este pudor talvez esteja a dar espaço ao extremo oposto: à leviandade e desconsideração… A tal crise de valores que tanto se fala, ou melhor, falou, porque agora só se fala na crise económica, e nem percebemos que o que está por detrás da crise financeira é a falta de valores morais.
Convido-vos a fazer esta reflexão que pode ser deveras profunda e esclarecedora daquilo que nós genuinamente queremos, amamos e desejamos. Convido-vos também, como sempre, a partilhar as vossas conclusões, porque através da visão dos outros as nossas perspectivas também se expandem. Mas temos de fazer este exercício com calma, de preferência em silencio… vão ver o quão curioso é.
sinto-me: a relativizar, a ponderar