É tempo de alegria e de… compras.
É estranho que no Natal não se ouça falar naquilo que é a essência do Natal! O Menino Jesus, o nascimento de um dos mais importantes Seres que passaram por este planeta; um dos Mestres mais excelsos que conhecemos. Será que Ele foi totalmente esquecido?
Porque é que só se ouve falar do Pai Natal? Quem é o Pai Natal? Porque é que só se ouvem frase como: “Que o Pai Natal seja generoso contigo e te traga muitas coisinhas!” Claro que estas coisinhas são materialidades, futilidades que em 3 dias já não damos o mínimo de valor. Será que alguém, à meia-noite de dia 24 de Dezembro, se lembra que o que se comemora é um nascimento tão especial? Divino, mesmo!
Estamos cada vez mais envolvidos na matéria, no consumismo, na compra de afecto. Há quem se angustie porque não tem dinheiro para comprar presentes, mas, muitas vezes, os melhores presentes são aqueles que são feitos pelas nossas mãos onde usamos a nossa criatividade. Sim, é uma época de demonstração de Amor, de generosidade, de perdão, mas estas coisas não se podem – ou não se devem - comprar.
Se não há condições financeiras de se oferecer presentes caros, há carinho, há gestos, há a simples presença. E se isso não for aceite por aqueles que nos cercam, então algo está muito errado!
Há dias ouvi duas mães que comentavam que os filhos já tinham feito a lista de presentes! Lista de presentes?! Mas não é suposto haver o facto “surpresa” na noite de Natal? Mais do que isso; será que os pais transmitem aos filhos o que é de facto o Natal? Quem foi e quem é Jesus, e qual a mensagem Dele? Ou será que deixam isso para os professores e catequistas? Mas não é esse o nosso papel enquanto pais e educadores?
O Natal é muito mais do que expressar sentimentos e gratidão através de descalabros financeiros. O Natal deveria ser uma época de calmaria, de introspecção, de profundo mergulho no nosso Ser e no Divino. Fazemos tudo menos isso. Damos importância a tudo menos a isso…
Mas eu sei que este ano vai ser especial. Eu sei que vai fazer a alegria da casa e esquecer as diferenças! Eu sei que vai surpreender todos com a sua postura descontraída e sabe porquê? Porque você e a sua família merecem.
Quero aproveitar – já que me sinto tão natalícia e emocional - para agradecer todas as mensagens, todos os email que tenho recebido ao longo destes 3 anos de SAPO. Cada mensagem, cada palavra de ânimo e motivação são os motores que me movem quando a inspiração me falha. Obrigada por todo o apoio! Obrigada por me fazer sentir tão realizada e plena. Cada vez mais tenho a certeza de que estou no caminho certo.
MUITO E MUITO OBRIGADA!
Desejo-lhe um FELIZ NATAL cheio de serenidade ou alegre bagunça e muito Amor. Por favor sorria sempre!
“… Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver caridade, sou como bronze que ressoa ou como címbalo que retine. Ainda que eu tenha o dom da profecia e conheça todos os mistérios e toda a ciência, ainda que eu possua a plenitude da fé, a ponto de transportar montanhas, se não tiver Amor, nada sou.” Livros dos Coríntios
Achei que deveria esclarecer que no retiro de silêncio e meditação nao passamos 8h seguidas em meditação - nao haveriam pernas que aguentassem! O silêncio foi total durante todo o tempo do retiro (fds), mas o horário da meditação foi este:
6h00 – Meditação
7h30 – Pequeno-almoço
9h00 – Meditação. 10h00,Walking Meditation (Meditação a andar, 30m)
10h45 – Meditação. 11h45, Walking Meditation,( 30m)
12h30 - Almoço
14h30 – Meditação. 15h30, Walking Meditation (30m)
16h00 – Meditação
17h00 – Chá
19h00 – Meditação
Este fim de semana estive em Sintra num retiro de silêncio e meditação com a Maria (www.fundacaomaitreya.com)autora de livros como O Avatar, Um Guia de meditação, Um Tratado de Meditação, etc. Foi muito duro porque foram 8 horas de meditação – 6h sentados e 2h de walking meditation)por dia. O silêncio foi a parte melhor. O facto de não falarmos, de não termos telemóveis, Tv. ou qualquer música, é altamente desintoxicante e calmante. Já há uns anos eu fiz um retiro de silêncio de 7 dias, e de facto, voltei a ter esta noção; quando menos falamos menos nos apetece falar. Lá está, falamos demais, comemos demais, dormimos demais (ou de menos), compramos demais, etc.
Foi uma mistura muito engraçada: Um convento católico (Doroteias), em Sintra já por si é um sítio profundamente místico, uma orientadora ecuménica e encontrei lá gente conhecida de todos os tipos e crenças. É claramente a Era de Aquário em acção!
Numa das meditações tive a intuição de que, talvez fosse uma boa ideia organizar um fim-de-semana deste tipo – com menos horas de meditação e mais debates – lá para a Primavera. O que vos parece? Acordar cedo e fazer uma meditação voltados para o nascer do Sol? Como se fazia antigamente, lá muito atrás no tempo, no Egipto, por exemplo. Gosto muito da ideia. E todos nós precisamos destes escapes de quando em vez, para bem da nossa saúde mental! Para participar, não importa em que religião ou filosofia se acredite, basta que viva na Luz e na busca de algo mais que a matéria. O resto é secundário. Todas as fés são válidas, todas sem excepção. Assim como encontramos gente “pequenina” em todos os credos.
Hoje é que é! Hoje é que vou fazer as compras de Natal! (Vão ouvir-me isto até dia 24!)
FELIZ E DOCE NATAL!!!
Pois, eu imaginei que poderiam haver reacções adversas ao que eu escrevi.
O que é bom, nao só porque demonstra que os meus leitores sao sensíveis, como também pela própria polémica per si. Do caos, da discussão nasce a luz!
Nao me parece que tenha desrespeitado ou ofendido ninguém, mas, respeito a opinião de cada interviniente .
Bom, entao , quero ver a reacçao desta história.
Eu recebo vários sms's , mais dos leitores dos jornais Metro e Sexta do que do Sapo, uns mais engraçados, outros mais sérios, e outros ainda a dizer: nasci a tantos, veja lá o que vai ser a minha vida!
Mas há uma semana atrás recebi uma mensagem que dizia qualquer coisa como: "vou matar-me e a culpa é sua. vou deixar um bilhete a explicar as razões. nao o faço por esta via porque é para 93 e sai mais caro 2 mgs ." A minha primeira reacção foi de surpresa mas depois de ler bem a mensagem lá percebi que nao tinha que me preocupar... Só me questionei se seria uma mensagem maldosa ou simplesmente desequilibrada .
Há tambem o hatemail que eu achava que só as vedetas tinham, mas nao , porque eu já tive tambem ! Alguém , de forma muito corajosa, escreveu-me um email anónimo que dizia para eu nao citar Séneca - por acaso um dos meus filósofos preferidos - e que o que eu escrevia era bimbo. Ora bem, bimbo... Já sei, bimbo é pão de plástico, nao é? A própria expressao "bimbo", nao é nada bimba, pois não? É que poderia ser uma critica bem escrita que desse luta, mas não, foi só isto...
Enfim, há de tudo como na farmacia . O que é facto, é que bem ou mal, o que escrevo faz sentido às "minhas" pessoas e é isso que me importa. Eu sei que nem toda a gente gosta do que escrevo, é evidente, mas eu seria incapaz de ter uma atitude destas. Nao gosta, nao lê, ora!
Há até quem me diga: Vera o que escreve é muto bonito mas eu nao entendo muito bem. Veja lá se faz mais... assim do tipo de previsoes !
Sei tambem que há quem me acuse de escrever verdades universais... MAS, é essa a intenção ! O que eu digo nao é nada de novo - quem sou eu para inventar o que quer que seja -, sao sim, e o objectivo é dizer algumas verdades que estao adormecidas na nossa consciência . Eu só abano, mais nada! Haviam aqueles negros jeitosos que abanavam a Cleópatra , eu apenas abano e sacudo a poeira da mente (ou tento!).
Pronto, tenho dito!
Até breve e boas comprinhas de Natal
As histórias que me acontecem diariamente devem ficar escritas e partilhadas porque, de facto, fazem-me pensar que o ser humano é um “bicho” muito esquisito e nós não fazemos ideia do que se passa no interior de cada um. Os modus pensante de algumas pessoas que entraram no meu espaço é assustadoramente… humano; outras são simplesmente engraçadas. A fragilidade, a insegurança, todos os apegos, a sensação de abandono que as pessoas sentem e vivem é esmagadora. Há uma descrença generalizada. Há uma crise terrível de auto-estima. E quem não admite isto, acaba por se tornar arrogante e agressivo.
Bom, mas vamos começar por um episódio engraçado que se passou ainda na minha lojinha. Uma senhora, com um ar um pouco confuso, já quase no fim da consulta pergunta-me: “oh Vera, há uns dias fizeram-me uma chamada anónima, pode ver quem era?” Comentários para quê?
Há uns dias, uma senhora também visivelmente perturbada pelo facto de ter sido deixada pelo namorado, disse-me isto: “Se eu não tivesse uma filha tinha-o morto!” Mantive-me o mais impávida que pude, perguntei: “porquê?” A senhora ficou um pouco surpreendida com minha pergunta e, talvez… talvez, se tenha feito um pouco de luz naquela frágil mente e orgulho absurdamente ferido… Até que ponto vai o ódio no coração das pessoas? E o despeito?
Há dois fenómenos incrivelmente coincidentes nas minhas consultas, ou será que sou eu que atraio este tipo de situações?
1. Mulheres mais velhas com homens mais jovens.
2. Afastamento ou mesmo ruptura nas relações sentimentais sem que haja sequer uma explicação, um telefonema, nada.
Não tenho nenhum preconceito relativamente à diferença de idades entre as pessoas, nenhum mesmo, e até tenho noção de que há sempre uma razão para que isso aconteça, mais ou menos profunda. Questões de infância, questões familiares, questões karmicas, enfim, não dá para julgar o que quer que seja, mas… há umas semanas, uma senhora por volta dos seus 55 anos, procurou-me porque tinha conhecido à porta de uma discoteca um rapaz de 24 anos. Envolveram-se mas ele não desenvolve, queixava-se a senhora que acrescentou que, não percebia o porquê visto que tinham tanta coisa em comum…
Também me escuso a fazer comentários.
Há outros casos em que é óbvio que a relação funciona por causa do sexo. Mas isso é assumido pelas pessoas em causa, o que é bastante saudável. Se é profundo ou não, se é possível uma relação crescer sob esta base ou não, é outra história, mas se são adultos, porque não?
Aviso à navegação masculina com mais de 35 anos: Cuidado, há muitas queixas sobre o vosso desempenho! (ai que má!)
O outro fenómeno é mais grave. A falta de coragem, de educação e de consideração é flagrante e muito triste na hora de dizer adeus. Como é que se pode deixar alguém sem uma explicação? Esse alguém partilhou coisas connosco, intimidade, o que quer que seja! Isto é cobardia pura! O que é que estará por detrás disto? Apenas falta de educação? Sim, pode ser. As mãezinhas têm alguma culpa no cartório quando facilitam tanto a vida às criancinhas. Há um medo terrível em se enfrentar situações desconfortáveis, dos confrontos, mas, não tem que ser assim! Pode haver um diálogo civilizado e saudável e todos temos o direito de mudar de ideias! Um “desculpa, mas não é isto que eu quero.” dito com humanidade é suficiente. O que é feito do habitual “eu não te mereço, tu és muito melhor que eu.”?! Volta conversa de chacha, volta!
Hum, esta é uma grande ideia, a das crónicas. Assim, faço uma espécie de terapia e consequentemente, vocês são meus terapeutas. Como eu tenho alguma dificuldade em quebrar as minhas reservas e timidez, porque acho sempre que não tenho que maçar os outros com as minhas coisas, isto até pode funcionar e ajudar-me. É que eu às vezes já me pergunto se sou eu que estou a ficar maluca e fora do contexto… pode ser. Desculpem despejar o meu lixo em cima de vocês, mas tentarei que seja de forma levezinha