Esta é uma questão que considero, e sempre considerei, muito sensível: até que ponto podemos invadir a vida alheia? O que é invasão de privacidade? Temos o direito de fazer perguntas? E se as pessoas não quiserem partilhar, devemos insistir? Até que ponto? Especialmente em relação à vida daqueles que estão mais próximos, devemos tentar ajudar? É difícil saber até onde podemos ir… Se perguntamos é porque perguntamos, senão perguntamos é porque não perguntamos!
Se fazemos perguntas simples do género: Como estás? Como te sentes? – mas querendo mesmo saber a resposta, pode ser interpretado como indiscrição e invasão do espaço do outro… mas então, como é que partilhamos coisas? Como é que é suposto ajudar, mimar, crescer juntos?
Se respeitamos esse espaço, num momento mais delicado em que vemos que as pessoas não estão bem - mantemo-nos sempre por perto sem fazer perguntas -, é certo e sabido que vamos levar com observações “cobradoras” do tipo: se calhar podias ter feito mais. – Que injustos são esses comentários e que mal fazem às relações…Se pensássemos antes de abrirmos a boca muitas situações se evitariam…
Porque é que não somos espontâneos e naturais? Porque é que usamos máscaras de durões se estamos frágeis? Porque não admitimos que precisamos de ajuda e pedimo-la? Por orgulho? Por medo de não sermos aceites? Damm it! Somos realmente difíceis, complexos, casmurros, chatos... e infelizes!
Lá ‘tá, complicamos o que não é complicado…!
Deve ser muito difícil ser Deus/a!!!
De
eva a 14 de Agosto de 2008 às 09:30
De facto, esta é uma questão complicada, como muitas outras. Mas penso que nessas situações (e dependendo das situações, claro está) o melhor será mesmo mostrar a nossa disponibilidade para ajudar (se realmente o quisermos fazer) e, se não formos bem "recebidos" na altura, aguardar e ficar atento... Se a pessoa em causa precisar mesmo de ajuda e confiar em nós, irá decerto recorrer ao nosso apoio, ou lembrar-se disso mais tarde.
(também já tinha saudades dos seus textos, Vera)
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