Maldade, maledicência e a inveja. As três inseparáveis irmãs.
Por detrás destas “tristes raparigas” há sempre um sofrimento bem marcado, uma amargura de dar dó. Elas culpam a vida, elas culpam a circunstâncias e refugiam-se nas desgraças que enfrentaram…
Mas nós conhecemos muita gente que teve vivências e experiências dificílimas e que estão de bem com a vida, não é verdade? A questão é que há sempre vias alternativas; a da Luz e a da sombra.
E não me venham dizer que isto tem só a ver com formação moral de base, porque conheço irmãos que tiveram a mesma educação e são diferentes como a água e o vinho.
Um dia destes alguém me disse que cada vez gostava mais de gente imperfeita. Fiquei espantadíssima. Bem, eu não conheço gente perfeita… há pessoas que de facto adoram gente mesquinha, que estranho, não é? Dás-lhe pica dizer e ouvir mal dos outros? Alguém disse que criticar os outros é uma maneira desleal de nos elogiarmos a nós próprios. Faz sentido…
Há uma ideia generalizada de que as boas pessoas são totós. É claro que quem acha isso nunca deambulou por esferas intelectuais interessantes, senão nunca diria uma barbaridade destas. Ser contestatário, ser irreverente não quer dizer que se seja maldoso ou invejoso. Os primeiros sindicalistas, a quem tanto devemos, não eram nada disso, bem pelo contrário, eram audazes defensores da justiça, gente desfavorecida mas muito inteligente e bem formada.
Quando ouço comentários mordazes ou provocações vazias e sem o intuito de gerar uma discussão inteligente e lúcida, ainda me espanto… ainda toca no meu peito… Não consigo entender aquele gozo que as pessoas sentem ao magoar as outras. Porque têm necessidade de ferir, de amesquinhar, de tentar humilhar, às vezes, até quem nunca lhes fez mal?! Só pode ser uma questão de falta de auto-estima. Será que foram mal-tratadas em crianças? Mas lá está, há crianças que foram desprezadas, etc., etc,. e hoje são seres de bem com a vida.
Adoro conversas irreverentes, adoro despiques inteligentes, aceito provocações bem-dispostas, mas a inveja – que é a base desta conversa toda - deixa-me triste; agora imagine-se a desgosto dos anjos da guarda destes seres! Mas Eles mantém-se lá, sempre na esperança que o grande dia chegue! E há-de chegar, indubitavelmente, seja amanhã seja daqui a milhares de anos. E o Paraíso ali à espera…
Que a Luz se faça sentir nessas mentes infelizes e que acham que não têm alternativa. Têm sim, e um dia verão isso.