Quinta-feira, 26 de Março de 2015
Nesta altura, a Persefone, filha de Zeus e Deméter, volta do submundo.
Ela foi raptada pelo deus Hades que, encantado, a levou à 'força' para os infernos. Para a conquistar Hades, senhor da morte, deu-lhe a comer sementes de romã, símbolo do Amor e fecundidade - romã, maçã... ;) - e ela tornou-se assim rainha dos mundos internos.
A sua desesperada Mãe, com a ajuda de Hermes, conseguiu negociar e resgatar a filha, mas como ela já tinha sido 'tocada' pelo 'fogo do inferno', o melhor que conseguiu foi: Persefone viveria 6 meses à superfície e 6 meses no mundo de Hades.
Ela regressa agora, na PrimaVera, mais sábia, mais Mulher, pois a experiência - boa ou menos boa - faz isso; amadurece-nos, fortalece-nos.
Esta é, muitas vezes, a origem do nosso sofrimento: a recusa em viver a vida no seu potencial. Como temos pavor de sofrer, escondemo-nos - no caso da Persefone, debaixo das saias da deusa da Agriculura -, no nosso caso, na rotina que 'achamos' que controlamos. Rotina essa que de tão contida que é torna-se previsível, monotona, cansativa. Precisamos de estímulos; crescemos através das nossas acções e reacções! Crescemos lidando com os outros, com as incertezas, com as constantes mutações e transformações que a vida traz, quer queiramos quer não.
Durante o Inverno, quando a luz desaparece, estamos recolhidos e mais centrados em nós; o nosso crescimento é interno.
Na PrimaVera, renascemos prontos para a luz, para a vida, para um novo ciclo que se quer melhor porque estamos mais disponíveis, mais optimistas e alegres; o Sol brilha e nós, seres vivos, precisamos da luz do astro-rei.
Se aprendermos a aceitar a Roda da Vida, com as suas tão particulares características, viveremos, com certeza, bem mais harmonisos, logo, mais felizes.
Abramos os braços à vida aceitando o que ela tem para nos dar! E tenhamos em mente que nada controlamos e ainda que o melhor está ainda para vir!
FELIZ OSTARA!
Quarta-feira, 12 de Setembro de 2012
Bom dia mai lindos! No meu mundinho ideal esta imagem faz-me todo o sentido.
No mundo em vivemos agora, neste grau de (in)consciência, irmãos matam irmãos porque o Criador Supremo se chama Allah, Deus, ou Brahma! O meu Deus é "mais melhor bom có teu!" Que imaturidade é esta? De onde vem esta mesquinhez?
Espero ansiosamente que cresçamos, até lá, vamos orando para que a Terra avance - que vai avançar quer queiramos que não -, apesar dos nossos constantes recuos.
Agora temos a crise como provação, como teste à nossa maturidade, vamos ver quantos de nós passam na prova. Sente-se a indignação no ar, mas em concreto o que se faz? Critica-se, insulta-se e desorganiza-se.
Sim, desorganiza-se. Só há ideias no ar. Cada um tem a sua, que é de longe melhor que a do vizinho…
O que se passa com os nossos sindicatos? Greves gerais? Não irão as greves agravar ainda mais o estado da Nação?
Por que é que, por Timor, nos mobilizamos de forma indelével e absolutamente maravilhosa e agora por nós parecemos tão perdidos, tão entorpecidos? Em que vamos transformar a revolta que se lê por todo o lado? Espero que em algo construtivo.
Há manifestações a serem organizadas, sempre quero ver se aqueles que tanto se exaltam e atacam vão estar presente, ou se, em caso de estar bom tempo, não irão apanhar sol. Por que é que nos outros Países da Europa se organizam demonstrações de rua com milhares de pessoas e aqui há umas dezenas delas a serem organizadas?
Bom, este não era um post político, até porque eu não acredito em política, mas acabou por se encaminhar nesta direcção e eu deixo fluir, como sempre.
Se já sabemos que o sistema politico-financeiro tem que ruir, que algo novo tem que surgir, porque é que insistimos em manter este? Como iremos construir uma sociedade nova sem deixar ir esta? Ah sim, por causa dos interesses… mas esses, mais tarde ou mais cedo, também vão cair, porque o País, enquanto ser vivo, tem também um percurso a fazer, tem que evoluir.
Espero que ainda possamos ver essa mudanças inevitáveis e, acredito eu, que fantásticas.
Muito depende da nossa atitude como cidadãos. Lutemos sim, mas com consciência e dignidade.
sinto-me: Expectante
Sexta-feira, 10 de Agosto de 2012
Quero partilhar algo de bom convosco.
Hoje tive o privilégio de assistir a um casamento Sufi espontâneo. Foi, tal como devem ser todos os casamentos, uma cerimónia simples, mas cheia de convicção, responsabilidade e Amor maduro.
Acima de tudo, tocou-me a simplicidade. Só foi preciso os noivos, o sacerdote e poucas testemunhas. Os noivos tiveram que repetir o "sim" 3 vezes para que não houvesse qualquer duvida acerca da vontade de se unirem. E pronto, acabou! Aos olhos de Deus a união estava celebrada.
Ora, este casamento não custou um avo, não requereu organizações elaboradas, reuniões, bodas, bandas, slideshow, toneladas de flores, vestidos que só se usam uma vez e que custam uma viagem à volta do mundo... nada, e aconteceu!
Comparando isto aos casamentos de estadão que se vêem por aí, foi de uma beleza e grandiosidade inesquecível.
Há uns dias soube que um casal se divorciou porque não aguentou as dívidas contraídas... na cerimónia do casamento! Qualquer coisa como 100.000 euros gastos num casamento!
Após os noivos saírem, eis que um casal - não casado - deixou-se levar para uma quase discussão. Talvez sentindo a pressão, porque se falava de casamento de uma forma muito natural e o Irmão que celebrou o casamento estava a pedir-nos que não tivéssemos medo do casamento porque a dois - dizia ele - o Caminho é mais rápido; o fugidio noivo desculpava-se e escusava-se ao casamento porque - dizia - não se sentia suficientemente limpo para se unir a outra pessoa. Que bonita seria esta atitude... se fosse verdade, mas não é, é uma ilusão e uma forma muito airosa de se escapar ao compromisso.
Eu mantive calada e observadora. E observei NOVAMENTE que um dos grandes males da Humanidade é não se conseguir ouvir. Ouvir é, de longe, uma das coisas mais difíceis de se conseguir: ouvir, ouvir com o coração, ouvir sem defesas, sem acharmos que estamos a ser atacados. Simplesmente ouvir, ouvir com tempo, tolerância, paciência e Amor.
Ouvir é um enorme acto de generosidade.
Não o conseguimos fazer porque estamos em constante postura de defesa. Esperamos ataques de todos os lados e de todos, dos que nos são indiferentes e dos que nos amam... Sim, é irracional este comportamento.
Dizem por aí que há falta de diálogo, mas eu acho que há conversa a mais. Falamos demasiado, falamos ao mesmo tempo que o outro, por cima do outro, não respeitando o seu tempo. Falamos o que queremos e o que não queremos. Falamos de coisas sérias e de insignificâncias, tudo na mesma conversa! Isto porque queremos evitar que o outro fale... porque não queremos ouvir.
Ouvir é dificílimo mas é essencial que aprendamos a bem das nossas relações.
OM Shanti
Domingo, 10 de Abril de 2011
Era uma vez, em tempo nenhum, uma Pequena Alma que disse a Deus:
- Eu sei quem sou!
E Deus disse:
- Que bom! Quem és tu?
E a Pequena Alma gritou: - Eu sou Luz
E Deus sorriu.
- É isso mesmo! - exclamou Deus - Tu és Luz!
A Pequena Alma ficou muito contente, porque tinha descoberto aquilo que todas as almas do Reino deveriam descobrir.
- Uauu, isto é mesmo bom! - disse a Pequena Alma.
Mas, passado pouco tempo, saber quem era já não lhe chegava. A pequena Alma sentia-se agitada por dentro, e agora queria ser quem era. Então foi ter com Deus (o que não é má ideia para qualquer alma que queira ser Quem Realmente É) e disse:
- Olá Deus! Agora que sei Quem Sou, posso sê-lo?
E Deus disse:
- Quer dizer que queres ser Quem já És?
- Bem, uma coisa é saber Quem Sou, e outra coisa é sê-lo mesmo. Quero sentir como é ser a Luz! - respondeu a pequena Alma.
- Mas tu já és Luz - repetiu Deus, sorrindo outra vez.
- Sim, mas quero senti-lo! - gritou a Pequena Alma.
- Bem, acho que já era de esperar. Tu sempre foste aventureira - disse Deus com uma risada. Depois a sua expressão mudou.
- Há só uma coisa...
O quê? - perguntou a Pequena Alma.
- Bem, não há nada para além da Luz. Porque eu não criei nada para além daquilo que tu és; por isso, não vai ser fácil experimentares-te como Quem És, porque não há nada que tu não sejas.
- Hã? - disse a Pequena Alma, que já estava um pouco confusa.
- Pensa assim: tu és como uma vela ao Sol. Estás lá sem dúvida. Tu e mais milhões, ziliões de outras velas que constituem o Sol. E o Sol não seria o Sol sem vocês. "Não seria um sol sem uma das suas velas... e isso não seria de todo o Sol, pois não brilharia tanto. E no entanto, como podes conhecer-te como a Luz quando estás no meio da Luz - eis a questão".
- Bem, tu és Deus. Pensa em alguma coisa! - disse a Pequena Alma mais animada.
Deus sorriu novamente.
- Já pensei. Já que não podes ver-te como a Luz quando estás na Luz, vamos rodear-te de escuridão - disse Deus.
- O que é a escuridão? perguntou a Pequena Alma.
- É aquilo que tu não és - replicou Deus.
- Eu vou ter medo do escuro? - choramingou a Pequena Alma.
- Só se o escolheres. Na verdade não há nada de que devas ter medo, a não ser que assim o decidas. Porque estamos a inventar tudo. Estamos a fingir.
- Ah! - disse a Pequena Alma, sentindo-se logo melhor.
Depois Deus explicou que, para se experimentar o que quer que seja, tem de aparecer exactamente o oposto.
- É uma grande dádiva, porque sem ela não poderíamos saber como nada é - disse Deus - Não poderíamos conhecer o Quente sem o Frio, o Alto sem o Baixo, o Rápido sem o Lento. Não poderíamos conhecer a Esquerda sem a Direita, o Aqui sem o Ali, o Agora sem o Depois. E por isso, - continuou Deus -quando estiveres rodeada de escuridão, não levantes o punho nem a voz para amaldiçoar a escuridão.
"Sê antes uma Luz na escuridão, e não fiques furiosa com ela. Então saberás Quem Realmente És, e os outros também o saberão. Deixa que a tua Luz brilhe tanto que todos saibam como és especial!"
- Então posso deixar que os outros vejam que sou especial? - perguntou a Pequena Alma.
- Claro! - Deus riu-se. - Claro que podes! Mas lembra-te de que "especial" não quer dizer "melhor"! Todos são especiais, cada qual à sua maneira! Só que muitos esqueceram-se disso. Esses apenas vão ver que podem ser especiais quando tu vires que podes ser especial!
- Uau - disse a Pequena Alma, dançando e saltando e rindo e pulando. - Posso ser tão especial quanto quiser!
- Sim, e podes começar agora mesmo - disse Deus, também dançando e saltando e rindo e pulando juntamente com a Pequena Alma - Que parte de especial é que queres ser?
- Que parte de especial? - repetiu a Pequena Alma. - Não estou a perceber.
- Bem, - explicou Deus - ser a Luz é ser especial, e ser especial tem muitas partes. É especial ser bondoso. É especial ser delicado. É especial ser criativo. É especial ser paciente. Conheces alguma outra maneira de ser especial?
A Pequena Alma ficou em silêncio por um momento.
- Conheço imensas maneiras de ser especial! - exclamou a Pequena Alma - É especial ser prestável. É especial ser generoso. É especial ser simpático. É especial ser atencioso com os outros.
- Sim! - concordou Deus - E tu podes ser todas essas coisas, ou qualquer parte de especial que queiras ser, em qualquer momento. É isso que significa ser a Luz.
- Eu sei o que quero ser, eu sei o que quero ser! - proclamou a Pequena Alma com grande entusiasmo. - Quero ser a parte de especial chamada "perdão". Não é ser especial alguém que perdoa?
- Ah, sim, isso é muito especial, assegurou Deus à Pequena Alma.
- Está bem. É isso que eu quero ser. Quero ser alguém que perdoa. Quero experimentar-me assim - disse a Pequena Alma.
- Bom, mas há uma coisa que devias saber - disse Deus.
A Pequena Alma já começava a ficar um bocadinho impaciente. Parecia haver sempre alguma complicação.
- O que é? - suspirou a Pequena Alma.
- Não há ninguém a quem perdoar.
- Ninguém? A Pequena Alma nem queria acreditar no que tinha ouvido.
- Ninguém! - repetiu Deus. Tudo o que Eu fiz é perfeito. Não há uma única alma em toda a Criação menos perfeita do que tu. Olha à tua volta.
Foi então que a Pequena Alma reparou na multidão que se tinha aproximado. Outras almas tinham vindo de todos os lados - de todo o Reino - porque tinham ouvido dizer que a Pequena Alma estava a ter uma conversa extraordinária com Deus, e todas queriam ouvir o que eles estavam a dizer.
Olhando para todas as outras almas ali reunidas, a Pequena Alma teve de concordar. Nenhuma parecia menos maravilhosa, ou menos perfeita do que ela. Eram de tal forma maravilhosas, e a sua Luz brilhava tanto, que a Pequena Alma mal podia olhar para elas.
- Então, perdoar quem? - perguntou Deus.
- Bem, isto não vai ter piada nenhuma! - resmungou a Pequena Alma - Eu queria experimentar-me como Aquela que Perdoa. Queria saber como é ser essa parte de especial.
E a Pequena Alma aprendeu o que é sentir-se triste.
Mas, nesse instante, uma Alma Amiga destacou-se da multidão e disse:
- Não te preocupes, Pequena Alma, eu vou ajudar-te - disse a Alma Amiga.
- Vais? - a Pequena Alma animou-se. - Mas o que é que tu podes fazer?
- Ora, posso dar-te alguém a quem perdoares!
- Podes?
- Claro! - disse a Alma Amiga alegremente. - Posso entrar na tua próxima vida física e fazer qualquer coisa para tu perdoares.
- Mas porquê? Porque é que farias isso? - perguntou a Pequena Alma. - Tu, que és um ser tão absolutamente perfeito! Tu, que vibras a uma velocidade tão rápida a ponto de criar uma Luz de tal forma brilhante que mal posso olhar para ti! O que é que te levaria a abrandar a tua vibração para uma velocidade tal que tornasse a tua Luz brilhante numa luz escura e baça? O que é que te levaria a ti, que danças sobre as estrelas e te moves pelo Reino à velocidade do pensamento, a entrar na minha vida e a tornares-te tão pesada a ponto de fazeres algo de mal?
- É simples - disse a Alma Amiga. - Faço-o porque te amo.
A Pequena Alma pareceu surpreendida com a resposta.
- Não fiques tão espantada - disse a Alma Amiga - tu fizeste o mesmo por mim. Não te lembras? Ah, nós já dançámos juntas, tu e eu, muitas vezes. Dançámos ao longo das eternidades e através de todas as épocas. Brincámos juntas através de todo o tempo e em muitos sítios. Só que tu não te lembras. Já fomos ambas o Todo. Fomos o Alto e o Baixo, a Esquerda e a Direita. Fomos o Aqui e o Ali, o Agora e o Depois. Fomos o Masculino e o Feminino, o Bom e o Mau - fomos ambas a vítima e o vilão. Encontrámo-nos muitas vezes, tu e eu; cada uma trazendo à outra a oportunidade exacta e perfeita para Expressar e Experimentar Quem Realmente Somos.
- E assim, - a Alma Amiga explicou mais um bocadinho - eu vou entrar na tua próxima vida física e ser a "má" desta vez. Vou fazer alguma coisa terrível, e então tu podes experimentar-te como Aquela Que Perdoa.
- Mas o que é que vais fazer que seja assim tão terrível? - perguntou a Pequena Alma, um pouco nervosa.
- Oh, havemos de pensar nalguma coisa - respondeu a Alma Amiga, piscando o olho.
Então a Alma Amiga pareceu ficar séria, disse numa voz mais calma:
- Mas tens razão acerca de uma coisa, sabes?
- Sobre o quê? - perguntou a Pequena Alma.
- Eu vou ter de abrandar a minha vibração e tornar-me muito pesada para fazer esta coisa não-muito-boa. Vou ter de fingir ser uma coisa muito diferente de mim. E por isso, só te peço um favor em troca.
- Oh, qualquer coisa, o que tu quiseres! - exclamou a Pequena Alma, e começou a dançar e a cantar: - Eu vou poder perdoar, eu vou poder perdoar!
Então a Pequena Alma viu que a Alma Amiga estava muito quieta.
- O que é? - perguntou a Pequena Alma. - O que é que eu posso fazer por ti? És um anjo por estares disposta a fazer isto por mim!
- Claro que esta Alma Amiga é um anjo! - interrompeu Deus, - são todas! Lembra-te sempre: Não te enviei senão anjos.
E então a Pequena Alma quis mais do que nunca satisfazer o pedido da Alma Amiga.
- O que é que posso fazer por ti? - perguntou novamente a Pequena Alma.
- No momento em que eu te atacar e atingir, - respondeu a Alma Amiga - no momento em que eu te fizer a pior coisa que possas imaginar, nesse preciso momento...
- Sim? - interrompeu a Pequena Alma - Sim?
A Alma Amiga ficou ainda mais quieta.
- Lembra-te de Quem Realmente Sou.
- Oh, não me hei-de esquecer! - gritou a Pequena Alma - Prometo! Lembrar-me-ei sempre de ti tal como te vejo aqui e agora.
- Que bom, - disse a Alma Amiga - porque, sabes, eu vou estar a fingir tanto, que eu própria me vou esquecer. E se tu não te lembrares de mim tal como eu sou realmente, eu posso também não me lembrar durante muito tempo. E se eu me esquecer de Quem Sou, tu podes esquecer-te de Quem És, e ficaremos as duas perdidas. Então, vamos precisar que venha outra alma para nos lembrar às duas Quem Somos.
- Não vamos, não! - prometeu outra vez a Pequena Alma. - Eu vou lembrar-me de ti! E vou agradecer-te por esta dádiva - a oportunidade que me dás de me experimentar como Quem Eu Sou.
E assim o acordo foi feito. E a Pequena Alma avançou para uma nova vida, entusiasmada por ser a Luz, que era muito especial, e entusiasmada por ser aquela parte especial a que se chama Perdão.
E a Pequena Alma esperou ansiosamente pela oportunidade de se experimentar como Perdão, e por agradecer a qualquer outra alma que o tornasse possível.
E, em todos os momentos dessa nova vida, sempre que uma nova alma aparecia em cena, quer essa nova alma trouxesse alegria ou tristeza - principalmente se trouxesse tristeza - a Pequena Alma pensava no que Deus lhe tinha dito.
Lembra-te sempre - Deus aqui tinha sorrido -, não te enviei senão anjos.
Segunda-feira, 17 de Janeiro de 2011
Júpiter e Úrano, símbolos de poderosas inovações e intuições, juntaram-se no início do ano no signo de Peixes, e foram provavelmente eles quem «empurrou» Vera Xavier para concretizar um velho sonho: criar uma escola de Tarot, a primeira do género em Portugal.
Embora para muitos o Tarot seja apenas um Oráculo de consulta rápida para espreitar o futuro, a verdade é que é muito mais que isso e, sobretudo, é nessa perspectiva diferente que Vera Xavier se propõe criar um espaço onde as pessoas vão aprender o significado, dimensão e magnífico simbolismo das lâminas (cartas).
Desengane-se quem pense que há «determinismo» e histórias formatadas, cabendo-nos a nós apenas trilhar o caminho que já está lá. Somos seres livres e em cada momento, cada decisão, cada «sim» e cada «não» construímos o nosso caminho, as cartas apenas mostram a forma como as coisas se encaminharão se continuarmos a pensar e agir da maneira como temos vindo a fazer até aqui.
«O Tarot tem sido até agora muito maltratado, muito incompreendido e muito pouco estudado, mas a verdade é que o pai da Psicanálise – Carl Jung – escreveu um tratado sobre os Arquétipos do Tarot, o que veio demonstrar e comprovar a sua grandeza e importância, em particular, como ferramenta de auto-conhecimento», explica a taróloga, cuja presença e experiência se tornou companhia e apoio para muitos milhares no portal Sapo, na TVI e noutros órgãos de comunicação.
«O grande trabalho do Tarot não é prever o futuro mas, sim, fazer com que mudemos as nossas atitudes, vençamos os nossos bloqueios, libertemos os nossos potenciais escondidos (ou ignorados), e assim renovados (ou renascidos) dirigirmo-nos para o futuro que desejamos alcançar», sublinha.
Como funciona o Tarot? As cartas que tiramos «aleatoriamente» agem como uma ponte entre o inconsciente e o consciente, permitindo que a realidade subjectiva do inconsciente se projecte como uma realidade objectiva nos Arcanos. As lâminas do Tarot exteriorizam toda a simbologia contida no nosso inconsciente para que os nossos olhos (cegos pela mente racional) acedam àquilo que temos internamente mas de forma latente, permitindo assim ligar-nos à enorme Sabedoria que reside no nosso âmago e nos Planos Superiores. Os símbolos contidos nas cartas estão intimamente ligados aos que se encontram no Plano do Mental Superior, o mundo das Ideias, dos Arquétipos de que fala Jung.
«É uma ferramenta para o nosso auto conhecimento e crescimento pessoal», sublinha Vera Xavier.
Assim, o Tarot pode ajudar-nos a tomar decisões que, pelo facto de estarmos envolvidos nas situações, muitas vezes não temos discernimento para tomar por falta de distanciamento.
A escola, surge assim como uma ferramenta para todos os que querem aprender a chegar a si próprios através de um simbolismo e sabedorias antigos, que têm neles impregnados os dados sobre a própria natureza humana, no sentido espiritual, psicológico e material. O que traz de novo é ser uma escola, não um curso avulso. É um projecto com consistência e estrutura e que vai acontecer em Lisboa e no Porto.
A escola está aberta a todos aqueles que não tenham quaisquer conhecimentos de Tarot ou para quem queira aprofundar os conhecimentos já adquiridos, durante 5 meses e a um ritmo de 1h30 por semana, propondo uma profunda e mística viagem pelos 22 Arcanos Maiores e os 56 Arcanos Menores, pelos seus significados, mensagens e desafios.
Nas aulas práticas dá-se a conhecer vários lançamentos, do mais simples ao mais complexo:
• Cruz Rápida
• Cruz Céltica
• A Roda Astrológica
• Jogo dos Relacionamentos
• O Significador
• A Árvore da Vida
Em Lisboa o próximo curso será semanal, Quartas-feiras das 19h às 20h30 e terá a duração de 5 meses. Inicio em Janeiro.
No Porto o curso será mensal, aos Sábados – um Sábado por mês – das 10h às 18h, durante 5 meses. Inicio em Fevereiro.
Em Lisboa estão em desenvolvimento novos horários, nomeadamente, à hora de almoço, provavelmente já em finais de Fevereiro.
Quaisquer outras informações, por favor, contacte:
Telem: 931 168 496
Email: veraxavier@veraxavier.com
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Quarta-feira, 23 de Dezembro de 2009
Natal!
Jesus nasceu!
E o homem esqueceu!
O homem vive a aturdir-se
Ele já não pode ouvir!
O homem só quer ganhar
Ele já nem se lembra de partilhar!
O homem quer intensamente viver
Ele já não pode ver!
O homem não consegue falar
O medo fá-lo gaguejar!
Natal!
Jesus nasceu!
Mas o homem não compreendeu!
Jesus falou:
Homem,
Abre o teu coração
E fica à espreita, com atenção.
Vim sob a forma de mendigo
E preciso urgente de ser reconhecido.
Homem,
Abra o teu ouvido
Ouve o clamor do povo sentido
Que grita a fome
Que mata e consome!
Homem,
Abre a tua inteligência
Deixa que fale a tua consciência.
Eu sou a Justiça, a Verdade, o Amor,
Misturo-me em tudo, na alegria e na dor.
Eu Sou aquele jovem incompreendido
Que no vício, procura à vida dar sentido.
E Sou a criança em formação
Que tantas vezes se perde na escuridão.
Homem,
Eu estou em tudo
Não me pises, deixe-me brotar e ti
É Natal, eu nasci!
Vim, porque quero ajudar!
Hoje é dia de amor
Pensa homem, no teu grande valor
Abre os teus olhos,
Abre os teus sentidos
E estarás como eu o quero…
Comigo!
Juntos de mãos dadas pela vida,
Quantas coisas bonitas a serem erguidas
Coisas que só o amor consegue construir
Quando o manto do egoísmo, deixares cair!
Natal,
Jesus nasceu
E o novo homem recebeu-O!
(Carmen Vervloet)
Lembre-se que esta é a festa do nascimento de um dos mais belos e sábios seres que passou pela Terra. Não é a festa do… Pai Natal!
sinto-me: Tão natalicia!
Quarta-feira, 18 de Novembro de 2009
Olá outra vez,
temos mais um outro canal para comunicar.
Este é o link para o Facebook: http://www.facebook.com/profile.php?ref=profile&id=1624543662
Viram como estou sossegadinha? É mais forte do que eu.
Até já
sinto-me: Pertinho de si!
Terça-feira, 17 de Novembro de 2009
Pois é, os últimos meses têm sido de grande aprendizado, nada fácil, de facto.
Como disse um querido participante deste nosso espaço, à medida que vamos crescendo e tornando-nos mais plenos, os adversários e as armadilhas apertam o cerco.
Agradeço aos Deuses cada experiência, mesmo as mais dolorosas, e porquê? Porque não mudaram as minhas crenças, não mudaram o meu ânimo, não mudaram os meus valores. Penando bem até mudaram, ficaram mais fortes!
Como sempre houve guerra entre o meu ego e a minha Consciência que, como sempre, me alertava que talvez não fosse por ali o caminho, que talvez aquilo ou o outro não fosse tão construtivo como eu imaginava/idealizava, mas só se pode viver acreditando.
A vida é feita de enganos e desenganos, de vitórias e derrotas e olhando para trás o meu ego dizia-me, nestes últimos meses, que tinha tidos algumas derrotas, mas agora sei, que não é verdade. Foram provas, simplesmente isso. Não tenho a certeza de ter passado em todas, mas o que importa isso? Importa que fiz o meu melhor, importa como me sinto agora, mais serena, mais madura e com a mesma Fé inabalável no futuro.
Os mais atentos já devem ter visto que mudei de espaço, não é ainda o “meu”, mas é muito agradável e fui recebida de braços abertos, literalmente, que foi como um bálsamo divino. E outras mudanças virão. Tinha vários planos que afinal ainda não se vão materializar… já. Sinto um misto de pena e claro, de urgência, ou não fosse eu virginiana com Urano e… Plutão na casa I. É verdade, o meu Plutão tem me dado algumas dores de cabeça, mas tudo passa. A Roda da Vida não pára. Como diz o mestre: Nada é permanente a não ser a mudança.
Este é um período de calma, de retemperar forças, coisa que raramente deixei acontecer por causa da tal “pressa” de fazer coisas que sempre me moveu. Raramente me dei o direito de parar. Mas agora vou curtir este momento de retiro e introspecção e é um pouco por isso, que não tenho estado tão presente. Perdoem-me.
Por falar em introspecção e em retiro, contrariando o que acabei de dizer, em Janeiro vou organizar um retiro, talvez em Nelas. Surgiu um hotel muito bonito e com floresta à volta, ideal para caminhada silenciosas e introspectivas, não é fantástico?
Vai ser um retiro de silêncio sobre o tema “Sentir” e vou tentar que os preços sejam o mais acessíveis possível.
O desafio em encontramo-nos, é sentirmo-nos, é redefinir valores e objectivos. O que vos parece? Pronto, já estou em modo “acção” outra vez. Mas introspecção é uma coisa, vazia de ideias é outra, verdade?
Volto já.
PS: Obrigada Luzinha, obrigada C!rano, obrigada Fátima, Obrigada Voz do Vento, obrigada Ana, Obrigada Luísa(s), obrigada minha Maria, obrigada Paulo, obrigada queridos alunos, obrigada queridos amigos. OGRIGADA A TODOS.
sinto-me: sossegada
Domingo, 6 de Setembro de 2009
Na passada 3ª feira vi o jornal Metro num café, onde parei por “acaso” e fui dar uma vista de olhos. Quando cheguei à página do horóscopo, eis que me deparei com uma foto e uns textos bem diferentes dos habituais, que por caso eram meus.
Há uns meses atrás quando soube da compra do Metro pela concorrência, soaram-me sinais de alarme. Quando questionei um responsável do jornal quanto à minha posição, recebi como resposta um: Que disparate! Claro que isso não vai ser mexido. Que sentido tinha haver dois jornais gratuitos com o mesmo horóscopo? – Fiquei descansada porque o argumento era válido.
Na passada semana tive a noção de quanto eu sou ingénua e fácil de convencer – que Deus me mantenha!
A ambição é transversal. Não há nenhuma profissão que não possa ser manchada pela ânsia do poder. Mas nesta profissão onde, suposta e teoricamente, devemos ser melhores e mais espiritualizados, o consciencializar desta dura e triste realidade é para mim algo bem difícil.
A divisão dos jornais gratuitos era democrática; cada um tinha o seu, mas alguém achou que não, que queria mais, e não hesitou em tirar-me de cena sem sequer ser avisada – parece que é moda -, após quase 3 anos de colaboração e sem quaisquer dividendos. A cobardia e falta de educação são inqualificáveis e como disse uma querida leitora numa carta que me escreveu e que mandou para o Metro, espero que os responsáveis por este acto nunca passem pelo mesmo.
Quando recuperei do choque inicial lembrei-me que este pequeno e mesquinho episódio já se tinha repetido no passado.
Há uns anos atrás fui contactada por um jornal da Figueira da Foz. Um senhor muito simpático disse-me que os jornais da região tinham todos a mesma pessoa a fazer os horóscopos, e portanto, eles queriam diferenciar-se e ter outra profissional. Como gostava muito da minha escrita, surgiu a ideia e o convite. Aceitei de bom agrado e comecei a enviar os textos pontualmente como é meu apanágio. Na 3ª semana fui abrir o jornal que gentilmente me mandavam, quando me deparei na página dos horóscopos com outra pessoa, a mesma pessoa.
Com o devido respeito pelo jornal em causa, a verdade é que era um jornal regional duma pequena cidade do país! Ora, quem faz isso com um pequeno jornal, com certeza que não teria pruridos em fazer com outras publicações. Bem dito, bem feito.
Para mim aquilo foi um alerta, um aviso de que não somos todos iguais e não temos, nem de perto nem de longe, os mesmo valores morais e éticos.
Fiquei surpreendida com a situação, mas fiquei acima de tudo descansada, porque a minha consciência estava tranquila. Não fui eu que errei, não fui eu que fui desleal.
Com este aviso, é evidente que percebi que assim que pudessem, armar-me-iam novamente a armadilha. Eis a nova armadilha.
É pena que, uns quantos de nós queira desbravar este caminho cheio de preconceitos e fazer um bom trabalho, mas que continue a haver pessoas dentro do meio (!) que teimam em manchar a nossa reputação e profissionalismo com atitudes deste tipo, dando razão a quem ainda nos persegue.
Mas há uma coisa que continua igual: a minha consciência. Durmo descansada porque sei que sou, sem falsas modéstias, uma honesta, dedicada e empenhada profissional. Dou o melhor que tenho nos meus textos e consultas. Os meus consultantes sabem-no e são o meu melhor cartão-de-visita.
É lamentável esta situação, mas há ainda outra grande certeza no meio desta canalhice: a justiça divina não falha.
sinto-me: Cá fico em paz.
música: Enya - I want tomorrow
Sexta-feira, 28 de Agosto de 2009
Era uma vez um senhor que foi visitar um amigo de longa data. O senhor amigo tinha um papagaio preso numa bonita gaiola que, ao se sentir acompanhado desatou aos berros, “liberdade, liberdade!” O senhor ficou transtornado com a cena mas por respeito ao amigo, manteve o silêncio. Uns dias mais tarde voltou a casa do amigo e o papagaio voltou a fazer exactamente a mesma coisa, gritou em plenos pulmões, “liberdade, liberdade!!”
O coitado do homem ficou novamente muito perturbado com o desespero do bicho! A angústia e a tristeza do papagaio não saíam da cabeça do bom senhor.
Um dia soube que o amigo ia viajar e arranjou maneira de entrar na casa dele à socapa. Lá dentro foi directo à gaiola do papagaio e abriu a porta para finalmente o bichinho sair e desfrutar de sua tão desejada Liberdade!
O papagaio ao ver a porta aberta agarrou-se às grades no fundo da gaiola com um ar aterrorizado e gritou atabalhoadamente: “Liberdade, liberdade…”
Somos todos muito papagaios… Queremos tanto a liberdade mas quantos de nós a vive quando ela surge? Da mesma maneira que todos queremos amar e ser amados, mas quantos de nós se entrega e vive esse Amor?!
sinto-me: Livre!